Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 28 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

.
Na segunda metade dos Anos 1920, abriu-se uma nova era praiana, com a introdução dos banhos de sol. Quebraram-se preconceitos contra o bronzeamento da pele, a freqüência às praias se deslocou para horários de maior insolação, esportes como o futebol e o vôlei adentraram as areias, as mulheres adotaram o uso do maiô curto e colante e um maior número de cariocas passou a procurar as praias. Nas manhãs ensolaradas de domingo os bondes chegavam a Copacabana carregados de banhistas. Foi sob os efeitos do sol tropical do Rio de Janeiro que homens de letras como Théo-Filho escreveram sobre o irresistível encanto das praias cariocas. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).