terça-feira, 14 de setembro de 2021
"O irresistível encanto das praias"
.
Na primeira metade do século XIX, essa expressão – “irresistível encanto das praias” – talvez não fosse compreendida pelos contemporâneos, diante das praias cariocas. Raras “casas e banho de mar” ofereciam comodidades para as pessoas trocarem de roupa. Entre a elite social, banhistas, principalmente mulheres, respaldavam a prática de suas imersões marinhas na prescrição médica para algum tratamento de cura. Também era comum o uso das praias para o “banho higiênico”, numa cidade em que não havia água encanada. Entre os homens, independentemente da classe social a que pertenciam, muitos ignoravam o decoro das damas e entravam no mar em “trajes de Adão”. Para um público pagante, havia a opção da “Barca de Banhos”, ancorada na baía de Guanabara, dentro da qual se podia tomar o banho de mar longe do olhar dos outros. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).