Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 10 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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No texto sob o título “O irresistível encanto das praias em todas as estações”, Théo-Filho fazia o elogio de Copacabana fora do verão. Ainda no final dos Anos 30, havia temor de que a “cidade balneária” se esvaziasse ao fim da “estação de banhos”. Beira-Mar nada mais fazia do que seu papel de imprensa patrocinada pelo comércio local, preocupado com as oscilações da demanda. Para além do problema da sazonalidade, entretanto, a expressão usada no título remete a uma questão fundamental da historiografia praiana: o que, em diferentes tempos históricos, atrai o público às praias? 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).