Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



quinta-feira, 30 de setembro de 2021

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

terça-feira, 28 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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Na segunda metade dos Anos 1920, abriu-se uma nova era praiana, com a introdução dos banhos de sol. Quebraram-se preconceitos contra o bronzeamento da pele, a freqüência às praias se deslocou para horários de maior insolação, esportes como o futebol e o vôlei adentraram as areias, as mulheres adotaram o uso do maiô curto e colante e um maior número de cariocas passou a procurar as praias. Nas manhãs ensolaradas de domingo os bondes chegavam a Copacabana carregados de banhistas. Foi sob os efeitos do sol tropical do Rio de Janeiro que homens de letras como Théo-Filho escreveram sobre o irresistível encanto das praias cariocas. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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No começo da terceira década do século XX, Copacabana passou a ser considerada a praia mais importante do Rio de Janeiro. Em 1917, havia sido inaugurado o “serviço de sauvetage” da Prefeitura, com seus seis Postos de Salvamento. A partir de então, os banhistas passaram a contar com socorro oficial ao entrar nas ondas da praia oceânica. Em 1920, a cidade recebeu a visita do rei da Bélgica, herói da grande guerra e também “sportsman”. Durante sua estadia na capital brasileira, Alberto I tomou seus banhos de mar na enseada do Posto 6, o que atraiu à praia uma multidão de pessoas que jamais haviam visto um rei, ainda menos em calção de banho. Foi providencial o exemplo de uma celebridade estrangeira para que os cariocas, vindos de diferentes bairros da cidade, descobrissem o irresistível encanto da praia de Copacabana. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

terça-feira, 21 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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No começo do século XX, a grande reforma urbana feita pela administração Pereira Passos (1902-1906) modificou parte importante do litoral carioca. Inaugurou-se a Avenida Beira-Mar, abrangendo as praias do Boqueirão, Glória, Flamengo e Botafogo. Iniciou-se também a construção da Avenida Atlântica. A pavimentação da orla, no entanto, resultou no desaparecimento das casas de banho, onde os banhistas trocavam de roupa. Logo os cariocas acostumados ao banho de mar passaram a percorrer as ruas da cidade embrulhados em roupões ou “lençóis”, à procura do encanto das praias, para escândalo da elite social que se manifestava nas páginas da imprensa. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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Nas duas últimas décadas do século XIX, banhistas cariocas podiam contar com grandes casas de banho de mar, nas praias do Flamengo e, principalmente, do Boqueirão do Passeio, no Centro do Rio de Janeiro. Passou a vigorar o regime da troca de roupa em recintos fechados: os banhistas se deslocavam pelas ruas em trajes comuns e se trocavam nas cabines desses estabelecimentos para fazer uso do banho de mar. O “encanto das praias” se concentrava, conforme cronistas da época, na multidão de banhistas que, antes da aurora, mergulhavam nas águas do Boqueirão do Passeio. Era o que se chamava de “a mania dos banhos de mar”. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

terça-feira, 14 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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Na primeira metade do século XIX, essa expressão – “irresistível encanto das praias” – talvez não fosse compreendida pelos contemporâneos, diante das praias cariocas. Raras “casas e banho de mar” ofereciam comodidades para as pessoas trocarem de roupa. Entre a elite social, banhistas, principalmente mulheres, respaldavam a prática de suas imersões marinhas na prescrição médica para algum tratamento de cura. Também era comum o uso das praias para o “banho higiênico”, numa cidade em que não havia água encanada. Entre os homens, independentemente da classe social a que pertenciam, muitos ignoravam o decoro das damas e entravam no mar em “trajes de Adão”. Para um público pagante, havia a opção da “Barca de Banhos”, ancorada na baía de Guanabara, dentro da qual se podia tomar o banho de mar longe do olhar dos outros. 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

"O irresistível encanto das praias"

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No texto sob o título “O irresistível encanto das praias em todas as estações”, Théo-Filho fazia o elogio de Copacabana fora do verão. Ainda no final dos Anos 30, havia temor de que a “cidade balneária” se esvaziasse ao fim da “estação de banhos”. Beira-Mar nada mais fazia do que seu papel de imprensa patrocinada pelo comércio local, preocupado com as oscilações da demanda. Para além do problema da sazonalidade, entretanto, a expressão usada no título remete a uma questão fundamental da historiografia praiana: o que, em diferentes tempos históricos, atrai o público às praias? 6 de maio de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

terça-feira, 7 de setembro de 2021

"Na Lagoa"

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“Aspecto das últimas regatas”. Nos Anos 30, com o fechamento do Pavilhão de Regatas em Botafogo, parte do esporte náutico carioca migrou para a Lagoa Rodrigo de Freitas. 22 de abril de 1939, p. 3. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

"Rio Maravilhoso"

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Nos Anos 30, a Lagoa Rodrigo de Freitas, no lado de Ipanema e Leblon, chegou a ter praias procuradas por banhistas. 22 de abril de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).

quinta-feira, 2 de setembro de 2021