Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 14 de dezembro de 2021

"Três graciosas banhistas do Posto 2"

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O culto à beleza feminina marcou o Século XX. Essa tendência se gravou nas fitas cinematográficas, nas peças publicitárias e nas páginas das revistas ilustradas. No Rio de Janeiro dos Anos 1930, beldades freqüentavam o footing das avenidas, a saída das missas e as praias de banho. A grande inflexão do costume praiano, caracterizada pelo desejo do sol e da pele bronzeada, contribuiu decisivamente para a introdução do novo padrão social de comportamento. Nessa época, jovens banhistas transitavam pela Avenida Atlântica em maiôs curtos e colantes, sem receio de ofender o decoro público. 17 de junho de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).