Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

71. Precioso líquido

A praia dos banhos de sol logo foi nacionalizada pelo país tropical. Ao desafiar a tradição da brancura da pele como sinal de distinção, o novo gosto pelo bronzeamento favorecia a afirmação da morenidade no debate sobre a identidade nacional, numa época em que os interlocutores se apoiavam em conceitos como os de “raça” e “eugenia”.