Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 8 de março de 2022

"Brilhou a mocidade do Brasil com o imponente desfile do dia da raça"

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O “Dia da Raça” – 12 de Outubro – começou a ser comemorado na Argentina em 1918, em alusão ao descobrimento da América por Colombo. Nos Anos 20, era festejado em grande parte das ex-colônias espanholas e na própria Espanha. No começo dos Anos 30, no Brasil, o Dia da Raça passou a ser celebrado pela colônia portuguesa na data do aniversário de Camões, 10 de Junho. A partir de 1936, a data foi oficializada e transferida para o 7 de Setembro, Dia da Independência. Nessas décadas, o conceito de raça era aceito, inclusive no campo científico, sem muitas contestações. As teorias da eugenia se expressavam em termos de “aprimoramento da raça”. Na foto, a passagem do Colégio Anglo Americano no desfile da Semana da Pátria, no Centro do Rio de Janeiro. 16 de setembro de 1939, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).