Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

"No Posto 2"

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A circulação pública das damas sem a companhia de um chefe de família ou equivalente começou a ser observada no fim da primeira década do século XX no Centro do Rio de Janeiro. Mas elas costumavam andar em grupo. Levou tempo até que uma mulher solitária passeasse na avenida sem despertar malícia. A moda do cãozinho de estimação, difundida nos Anos 30, foi providencial para que as damas pudessem andar sozinhas, mas não exatamente desacompanhadas. 2 de setembro de 1939, p. 5. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).