Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 1 de julho de 2022

"Paisagem carioca"

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Nos Anos 20 e 30, uma elite praiana carioca, representada por Théo-Filho e outros cronistas, almejava que o Brasil fosse reconhecido pelos visitantes estrangeiros, não pelas suas belezas naturais, mas pela obra engenhosa dos homens. Essa oposição entre natureza e tecnologia não prosperou quando o país passou a investir em turismo. Pelo contrário, as duas se combinaram para atrair a admiração dos turistas, como sugerem a Estátua do Cristo Redentor, inaugurada em 1931 no topo do Corcovado, e o “caminho aéreo” (mais tarde denominado bondinho) do Pão de Açúcar, obra de 1913. 28 de outubro de 1939, p. 43. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).