Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

“Rumo à praia!”

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A convocação para as praias feita por Beira-Mar não era motivada por eventual risco de esvaziamento das areias. Afinal, o gosto pelos banhos, de mar e de sol, tendia a crescer. A preocupação dos editores do semanário estava na qualidade social da freqüência balneária. A estratégia consistia na ocupação física do espaço praiano pela “aristocracia” carioca, para inibir a presença de banhistas pertencentes à classe dos “indesejados”. 1º de outubro de 1932, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).