Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 9 de abril de 2013

“Pórtico para o retorno do verão”

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“Ele não tarda. Breve ressurgirá. E, com ele, como um séqüito irreverente e querido, os faunos elegantes que precisam ser milionários diante das multas de vinte mil e seiscentos – inclusive a estampilha...” A imprensa ajudava a criar ansiedade pela volta do verão. Na véspera da estação balneária de 1932, a expectativa dos dias ensolarados misturava-se à apreensão quanto ao rigor da polícia na repressão à seminudez dos banhistas, ainda ameaçados pela cobrança de multas. 22 de agosto de 1931, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).