Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

“A guerra aos calçõezinhos de polegada”

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“(...) o público do Rio de Janeiro foi surpreendido com o regulamento da Chefatura de Polícia” para “coibir o abuso do nu e a imoralidade nas praias de banhos”. No verão que se seguiu à Revolução de 30, a praia de Copacabana foi alvo da maior campanha de moralização balneária já empreendida pela polícia até então. Na foto, com respaldo da rapaziada, um gaiato, embrulhado num roupão, ridiculariza as medidas repressoras implementadas pelo chefe de polícia Batista Luzardo. 18 de janeiro de 1931, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).