Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 21 de dezembro de 2010

65. Praias nacionais e estrangeiras

Icaraí era a irmã de Copacabana do outro lado da baía: uma praia “aristocrática”, na classificação de Théo-Filho. Reproduziam-se em Niterói hábitos balneários comuns no Rio de Janeiro, o banho de sol, os esportes, o footing, a programação dançante dos clubes. Mas, enquanto Copacabana se transformava em cidade dos “arranha-céus”, Icaraí demorava a perder o aspecto de bairro familiar.