Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

64. A praia em Icaraí

Théo-Filho classificava a orla em “praias aristocráticas” e “praias rústicas”. Das primeiras, Copacabana era o melhor exemplo, seguida das outras praias oceânicas e, na baía de Guanabara, das pequeninas praias da ilha de Paquetá, do balneário da Urca e da praia do Flamengo, esta em franca decadência nos anos 30. Entre as outras, a melhor era considerada a praia de Ramos.