Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 5 de abril de 2022

"O mar e a vida"

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Nos Anos 30, havia banhistas que procuravam a praia exclusivamente pelo banho de sol. Mas o banho de mar não perdeu adeptos. No Rio e Janeiro, com a relativa facilidade de acesso às praias, a demanda tendia a crescer, como indicava a estatística de salvamentos efetuados pelos postos de socorro. No banho de mar de Copacabana, praia oceânica, o enfrentamento das ondas compunha o rol das sensações corporais, composto, por exemplo, pela prática de esportes, pelo gosto das danças rápidas e pelo uso de automóveis cada vez mais velozes. 28 de outubro de 1939, p. 9. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).