Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 25 de agosto de 2020

"Casebres de zinco"

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“e tábuas de caixotes, formando pequenas favelas no esplendor suntuário do Leblon”. Sob o título “Os horríveis contrastes da cidade dos arranha-céus”, Beira-Mar voltava ao tema da pobreza atraída para os bairros de classe alta. Banhistas e moradores estavam assustados com a crescente presença de “moleques maltrapilhos” nas ruas e nas areias. Para lidar com o problema, o editor do jornal esperava das autoridades públicas uma “obra de repressão à mendicância e proteção à infância desvalida”. Desejava-se uma política que combinasse polícia e assistência social. 25 de junho de 1938, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).