Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 8 de maio de 2015

"Percorrendo as praias cariocas"

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Assim Théo-Filho descreveu a praia de Ramos em 1935: "Praia rústica, é, no seu gênero, uma das melhores e é mesmo uma das mais freqüentadas entre todas as do Distrito Federal (...). É mansa, bem mansa mesmo, e está isenta da sujeira que lamentavelmente se vê no Caju. (...) Poderá até ser uma magnífica praia de banhos. Falta-lhe unicamente trato, um largo e contínuo trato dos poderes municipais. (...) Ela precisa não apenas que se bote abaixo o mato que a circunda, que se limpe a sua areia, que se esgotem as poças de lama que pululam em toda a sua extensão. (...) somos de parecer que a todas as praias, e não apenas as aristocráticas, a Municipalidade tem que prestar a sua assistência solícita". Leia mais no Capítulo 63. 16 de fevereiro de 1935, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).