Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 28 de março de 2014

“Sol a pino”

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“Hora do banho. Alegria em todos os semblantes. Este grupo de sereias e tubarões, depois de uma animadíssima partida de peteca, repousa um momento, antes de entregar-se às delícias da natação”. As novas práticas praianas, baseadas no gosto solar, contribuíram para sepultar o discurso, vigente ainda no começo do século XX, segundo o qual os cariocas eram uma gente triste que vivia numa cidade sem divertimentos... 19 de agosto de 1933, suplemento, p. 4. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).